
No Nordeste, as igrejas destacam-se pela imponência das fachadas brancas delimitadas por elementos em basalto cinzento, que contrastam com as pequenas habitações e os pastos verdejantes.
Tanto as igrejas, dentro dos aglomerados urbanos, como as ermidas implantadas nos lugares mais remotos (Ver Roteiro Religioso/Peregrinações) guardam tradições e lendas desde os tempos do povoamento da ilha.
Atualmente, a maioria das igrejas abrem apenas para a celebração das missas, ao domingo, com exceção da Matriz de São Jorge, na Vila do Nordeste, que se encontra aberta para visitantes.
Na sua passagem pelo interior das freguesias aprecie a beleza arquitetónica destes edifícios, que por norma constituem o património mais valioso de cada lugar.
Os fontenários abasteciam a população de água, então transportada em recipientes de barro, levados por mulheres que frequentemente ali se deslocavam para se abastecer de tão precioso líquido. Até ao século XX, a fonte teve um papel social e cultural, sendo local de conversa, de socialização e até de namoro. Encontrará fontenários em todas as freguesias, sendo os mais recentes do período do Estado Novo.
Foi na freguesia da Achadinha, no dia 1 de agosto de 1831, que se deu o desembarque das tropas liberais vindas da ilha Terceira, no ataque final contra o último reduto Miguelista (os absolutistas) nos Açores. O acontecimento encontra-se assinalado na freguesia, num obelisco situado junto à Estrada Regional.
A denominação de “treato” é uma aliteração da palavra teatro, e refere-se a uma pequena construção destinada ao culto do Espírito Santo.
Encontrará estes pequenos edifícios em várias freguesias e com data de edificação variada.
O culto do Espírito Santo tem o seu expoente entre o mês de maio e junho, altura em que se celebram pequenas festividades em volta do "treato" (ver Festividades).
Os moinhos de água do Parque da Ribeira dos Caldeirões (ver Parques e Jardins) são uma das mais belas cadeias de moinhos dos Açores, integrada num parque de lazer, onde encontra informação detalhada sobre os antigos moinhos e as atividades a eles associadas.
No Jardim da Ribeira do Guilherme (ver Parques e Jardins) encontra outros dois moinhos, tendo um deles a função de alojamento. Na mesma ribeira está outro moinho, inserido no parque de campismo e adaptado a estrutura de apoio, seguido de outros dois, logo abaixo do parque, de propriedade privada, mas possíveis de observar de perto.
No acesso ao Portinho da Achada-Santana, resistiram ao tempo outros três moinhos, de propriedade privada, sendo possível observá-los do exterior.
Outro moinho está situado entre as freguesias da Salga e da Achadinha. Para visitar o moinho entre na freguesia da Achadinha e siga pelo Caminho do Calhau até uma zona de estacionamento, podendo fazê-lo de carro ou a pé. Em alternativa, faça o Percurso Pedestre Padrão das Alminhas/Salto da Farinha (PR21SMI).
O Forno de Cal da Ribeira do Guilherme é um dos quatro exemplares que ainda existem no Nordeste. Apesar de se encontrar em ruínas, é reconhecido como testemunho etnográfico de um processo industrial local, cuja memória importa preservar.
Para visitar o imóvel deverá seguir a sinalização existente, junto ao viaduto da Estrada Regional, entre a Lomba da Fazenda e a Vila do Nordeste.
Foi fundada em 1954, por Maria do Carmo Monte, com a finalidade de acolher e instruir as jovens do concelho, através da recuperação dos teares tradicionais, da costura, dos bordados e lavores. Atualmente, é a maior e a mais representativa casa de artesanato que preserva a tradição da tecelagem em São Miguel.
Ver Artesanato.
Com os seus sete arcos, é uma das mais belas da ilha. Conhecida localmente como “Viaduto”, o seu projeto é da responsabilidade do major de engenharia António Augusto de Sousa e Silva, executada em 1883. Está situada na sede do concelho. Para apreciar a beleza da cantaria e a arquitetura do edifício desça ao jardim ali próximo.
Foi construído no local onde antigamente existia a “Casa da Câmara”. Constitui a mais importante obra do concelho em termos de arquitetura civil do século XIX (concluída em 1875), pela mão do ilustre nordestense António Alves de Oliveira.
Foi criada para albergar vários serviços de âmbito municipal, tendo passado por aqui diferentes valências que com o passar do tempo e a modernização da administração pública foram sendo deslocados para edifícios próprios.
Nos últimos anos e até ao presente mantém os serviços administrativos do município.
O edifício, situado na sede do concelho, pode ser apreciado do exterior.
O Farol do Arnel, inaugurado em 1876, é o primeiro e o maior dos Açores, assemelhando-se, pela localização e arquitetura, a uma águia pousada numa plataforma da falésia.
Ver Espaços de Exposição.
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