O Nordeste deve o seu topónimo provavelmente por ficar situado no ponto cardeal
que tem o seu nome, “assim chamado por ter rosto a este vento, de modo que o seu
contrário vento desta ponta é o Nordeste, junto ao morro alto que de vinte a trinta
léguas do mar, primeiro se vê dos navegantes que vêm do oriente.” (Gaspar Frutuoso,
historiador, cronista açoriano, do séc. XVI).
O concelho deixou a sua marca na história com o desembarque, em 1831, na freguesia
da Achadinha, das tropas liberais, que, vindas da ilha Terceira e dirigidas pelo Conde de
Vila Flor, se haviam revoltado contra o governo absolutista de D. Miguel, que
governava o país, conseguindo os liberais a ilha de São Miguel para a sua causa.
O Nordeste teve ainda a honra e a benesse de contribuir largamente para a eleição,
em 1878, do Primeiro-ministro Ernesto Rodolfo Hintze Ribeiro.
Graças à colaboração deste político e à insistência do seu particular amigo, o grande
António Alves de Oliveira (que possui uma estátua na Praça da República), o concelho
sofre uma grande evolução. O Farol do Arnel, a Ponte dos Sete Arcos, o edifício dos
Paços do Concelho, e a Estrada da Tronqueira (a primeira estrada a fazer a ligação do
Nordeste a outro concelho) são marcos do Nordeste do final do século XIX.
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